Acho que você está cansado de ver o mesmo formato de currículo e eu também estou incomodada com o formato que ele tem. Assim resolvi conversar com você e contar através dessa pequena história o que eu passei para chegar até aqui e, talvez, você simpatize comigo.
Sou uma menina de riso fácil e tom amigável. Sempre escuto o que as pessoas têm a dizer, atentamente. Afinal, acredito que todos têm algo interessante para ensinar.
Sou Brasileira, nascida na capital paulista e moradora de São Carlos. Fui criada de um jeito peculiar, para amar livros e tomar sozinha várias decisões. Sempre fui um pouco sonhadora e passava longas noites entre leituras e criações e, desde que me lembro, sempre gostei de escrever histórias de amores.
Quando se é jovem algumas decisões não são tão bem pensadas, provavelmente pela falta de motivação ou talvez pela supressão da experiência. Eu, no entanto, não me culpo, afinal o caminho que escolhi é o que me trouxe até aqui.
E foi assim que a facilidade com a matemática e o equivocado gosto pela física levou-me às aventuras e desventuras do curso de engenharia civil. Como nem tudo são temores, eu sem querer, escolhi a melhor universidade para qual poderia ir, a Universidade Federal de São Carlos. Foi a melhor pelo ambiente colaborativo, aberto e criativo que aquela universidade proporciona a quem chega e fica.
O problema da engenharia é que foi desentendimento a primeira vista, tudo que parecia fácil, não era e a maior dificuldade do colégio tornou-se realidade diária: física mecânica, a base da engenharia. Infelizmente é o que acontece quando a preparação para escolher a faculdade envolve apenas as matérias preferidas no colégio e não suas aptidões, gostos e motivações.
Engenharia foi tornando-se um caso de amor e ódio. Havia paixões, chamas ardentes de desejo por conhecimento em transporte, infraestrutura viária e trânsito, afinal não é a toa que levo comigo os ideogramas japoneses para “estrada”. Mas as reprovações e os atrasos perturbavam-me trazendo vários sentimentos ruins.
As sombras de tristeza e agonia às vezes tomavam conta da minha mente e fizeram-me arrastar o curso por anos e mais anos, reprovações, tristezas e amigos formando-se. Eu não podia parar, afinal para onde iria? Essa pergunta assombrava meus dias junto com as clássicas “qual é meu sonho?” ou “para quê eu existo no mundo?”.
Comecei a procurar ajuda e a recebi em forma de pessoas especiais, que foram surgindo ao longo do caminho e ajudaram-me reerguer e continuar, afinal a opção de parar no meio da estrada nunca pareceu correta.
Assim continuei minha luta e dei tudo de mim para produzir o melhor trabalho de conclusão de curso que poderia fazer. No ano de 2013, estudei infraestrutura de transportes e junto a dois grandes amigos criei um sistema para gerenciar o pavimento do campus São Carlos da UFSCar.
Fiz estágio obrigatório, de janeiro a abril de 2015, dentro da universidade, no departamento responsável pelas obras do campus, visitei algumas obras e aprendi a fazer planilhas de orçamento. No final do ano veio a formatura, um grande alívio depois de todos aqueles longos anos.
Na época que saí da UFSCar, o mercado de engenharia civil era péssimo e os empregos eram bastante concorridos. E como nunca consegui ficar parada, fui atrás de ajudar de forma voluntária os novos amigos da Associação Cultural e Desportiva Nipo Brasileira de São Carlos. E por dois anos fiz parte do grupo Kakushin de origami, que hoje compõem um de meus hobbies mais queridos.
Contudo, tristeza não dura para sempre e em alguma hora as respostas chegam. Foi em 2017 que me permiti fazer algo novo e que mudou completamente minha falta de visão de futuro. Foi algo que fez sentido para minha vida, como as peças encaixadas de um quebra cabeça. Eu, maluca, fui fazer mais um curso de graduação.
Dá para acreditar que a solução, depois de anos de uma graduação conturbada, é fazer outra? Para mim tornou-se possível e real quando as primeiras aulas de Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda começaram. Eu poderia voltar a escrever e mais do que isso, permitir que minhas histórias ganhassem o mundo.
E foi assim que no final do primeiro semestre, em 2017, corri fazer um curso online de Redação Publicitária com Fábio Seidl pela escola Cuca. Mesmo um pouco perdida, eu aprendi algumas coisas: principalmente que eu não posso achar que minha primeira ideia para o job é a melhor - provavelmente não é. Eu aprendi que tenho que anotar todas as ideias, filtrar as melhores e estudar em cima delas.
Em 2018, movida por minha paixão por uma mídia antiga, o rádio, fui ao SENAC fazer um curso de Produção de Jingles, no qual aprendi um pouco sobre composição de letra e melodia. “É muito importante dizer o nome do anunciante e o que ele está vendendo, vamos dar ênfase a isso na letra do jingle.” dizia o professor durante as criações. 2018 também foi um ano de novidades, como a participação no 17º concurso social Festival Universitário do Interior, o Fest’In da Associação dos Profissionais de Propaganda, com a campanha “Vida em Branco”, sobre transtornos do jogo pela internet, que entrou para o short list.
Outra novidade desse ano foi os cinco meses de estágio em Redação para Mídias Sociais na agência são carlense Mercado do Marketing, no qual também ajudei na gerência de postagem e análise das mídias para cada cliente.
Nesse ano também participei do Workshop de Neuromarketing em São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neuroeconomia. E comecei a fazer um curso de escrita criativa na escola Vamos Escrever.
Se você perguntar por que eu existo e qual meu sonho, minha resposta é: escrever. Porque escrever mudou o meu mundo e pode mudar o mundo de muitas pessoas, seja através de palavras escritas, faladas ou na forma de vídeo, são as palavras que formam as histórias e estas fazem parte de cada ser humano.
Escrevi essa minha história porque acredito nela. E penso que juntos poderemos contar muitas outras histórias. Minhas pretensões? Trabalhar com redação e ajudar a agência em tudo o mais que eu puder fazer, dando o melhor de mim em cada dia. Meu contato? Meu email é: regina.mattazio@gmail.com. Aguardo ansiosa por sua resposta. Muito obrigada!